POR UMA LICENÇA DE USO PELO ESPAÇO PÚBLICO

sexta-feira, 9 de março de 2012.


Bom, recapitulando a última postagem, lá naquele período entre julho e agosto de 2011 estava ajustando os detalhes de execução do projeto Playground na Ladeira da Montanha. As ABNT’s de Segurança de Brinquedos de Playground NBR 14350-1:1999, NBR 14350-2:1999, NBR NM 300-1:2004 e NBR NM 300-2:2004 viraram minha leitura de cabeceira e passei a estudar com afinco como elaborar encaixes de estruturas fixas para brincar sobre caçambas de coleta de entulho. Me sentia uma meretriz obediente, legitimando, com cortesia, a regra, que a todo custo, almejava direcionar a prática da vida. Na hora da dúvida ou do impasse, a ABNT sempre tinha razão!

E tinha mesmo. Escovei meus cachos rebeldes e aceitei a regra sem propor exceções. E fiz com capricho, desejando o perfeito e o melhor do que poderia ser feito para aquelas crianças da região da Montanha. Deu trabalho e me orgulho do projeto, pena que na prática, tudo foi bem diferente. No dia do acontecimento da performance, foi legítimo, tanto para mim quanto para Pedro,de que o nosso trabalho foi bem feito e se os técnicos responsáveis pela montagem tivessem levado a sério tudo o que foi planejado, calculado e estudado, a estrutura não assumiria a aparência final que teve. Aproveito a deixa para agradecer a paciência e contribuição de Pedro Drummond Cerqueira, arquiteto que está quase saindo do forno e que tive o prazer em tê-lo como aluno e depois colega de trabalho.

Depois de tudo traçado, estudado e planejado, Francisco de Morais Cerqueira, engenheiro civil, deu o aval final, confiando no trabalho feito por mim e por seu filho, assinando a tão sonhada ART que faltava, já que a minha não era suficiente para respaldar a ação. Para quem quiser saber mais sobre os laudos e desenhos técnicos elaborados para esta performance consulte os arquivos em pdf logo abaixo da gadget “Aviso aos Navegantes”.

Entreguei todos os documentos à SESP e fiquei a esperar... a fiar... a tecer... e nada. E agora? Coloco a questão numa mesa de búzios ou convoco um vereador? Preferi contatar a vereadora Olívia Santana que disponibilizou seu assessor Renato Dorea para resolver a situação - comparsas a quem sou muito grata[1].

E a partir daí começa o exercício de liga cobra-pergunta-espera-chora-chama-reclama-cansa-respira-pentelha-insiste-exige-desculpa-some-aparece-desliga-perde-chateia-volta-começa para a novela não terminar no final. Ai meu Deus! E agora? Vou dividir o problema com a FUNCEB. E mais uma vez liga-cobra-reclama-pede-espera..., mas agora eram três: eu,Olívia Santana/ Renato Dorea e funcionários da FUNCEB.

Até que, em um belo dia do mês de dezembro, consegui falar com a gerente responsável da SESP e ela me deu a notícia de que não cuidaria mais do meu caso, pois estava de saída da instituição e não sabia avaliar o material técnico que eu tinha apresentado por não ser conhecedora da área. Por ironia do destino, faltava na Prefeitura de Salvador, técnicos responsáveis para avaliação de uma documentação exigida pela própria prefeitura.

Ah não! Isso não é justo! È preciso resolver minha situação antes da sua saída e antes do ano acabar!!! Essa foi a hora em que implorei resolução...


[1] Se quiser acompanhar o passo-a-passo dessa etapa, divido no post “O trajeto percorrido” uma das mensagens de email que direcionei à Renato Dorea contanto o histórico do processo.

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